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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

6º Encontro – 13.10.2010


No primeiro momento do encontro de hoje foi discutido o texto de Jean-Pierre Ryngaert, A arte dos outros. O autor se destaca com livros sobre ensino de teatro e dramaturgia.  O texto aborda temas como por exemplo,  o procedimento da escolha do texto em atividades de formação (formal ou informal) e também em grupos de teatro, a possibilidade de criação ou adaptação através de processo colaborativo, construção de cenas através do jogo/improvisação e também a construção de texto através de colagens de textos narrativos, dramáticos, dentre outros.


De acordo com Jean- Pierre Ryngaert (2009), já existe uma demanda de professores de teatro ou profissionais da área teatral que buscam formas que não são submissas exclusivamente ao texto dramático. Destaca a importância do momento da escolha do texto:

                                     As obras podem ser levadas às aulas de teatro pelos alunos ou escolhidas pelo formador. Quando se propõe aos alunos que escolham as obras, é com o intuito de que elas sejam de seu interesse, que eles tenham com essas obras uma relação intelectual e/ ou sensível que lhes dê vontade de partilhar seus gostos e de executar um trabalho de descoberta em torno delas. Se o professor propõe obras, ele escolhe um conjunto de textos que lhe são familiares e representam um amplo leque de possibilidades. É ele então quem decide as induções e introduz no grupo um universo sensível que lhe é próprio ou considera “bom” para a turma. (RYNGAERT, p. 182 e 183, 2009).


Ryngaert (2009, p. 184) afirma que “considera fecunda a passagem de uma forma não dramática a uma forma dramática se todas as resistências encontradas forem de fato encaradas”.

Observa-se que este processo de trabalho pode oferecer ainda algum tipo de resistência, sobretudo, naqueles que ainda depositam no texto dramático o eixo central de um processo de montagem de um espetáculo.

No segundo momento do encontro os alunos presentes apresentaram suas travessias: Raimundo optou pelo texto Elogio à loucura de Erasmo Roterdan, não definiu ainda o título. Fez leitura inicial e foi sugerido que observasse a linguagem formal e discursiva dos diálogos para a situação proposta. Também foi solicitado que refletisse sobre o tipo de leitor/espectador para sua adaptação. Pedro iniciou sua travessia com o texto A doida de Carlos Drummond de Andrade, também não definiu o título. Algumas revisões na estrutura do seu texto foram solicitadas e atenção na dinâmica dos diálogos e das cenas. Juliana não apresentou o texto, mas explicou que resolveu simplificar a quantidade de espaços utilizados para apenas dois: carro e ponto de ônibus. Também irá diminuir quantidade de personagens e incluir uma personagem no ponto de ônibus que seria do interior.

Participaram desse encontro:

Pedro
Juliana
Raimundo

Próxima aula: Texto de Maria Lucia Pupo, A natureza da aventura.

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