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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

01.12.2010 - 12º Encontro


                      ÚLTIMO DIA DA TRAVESSIA DO NARRATIVO PARA O DRAMÁTICO

Hoje finalizamos a oficina. Os participantes trouxeram suas travessias para os últimos comentários e sugestões. Combinamos que até o dia 15.12 enviarão via e-mail seus textos revisados para serem publicados aqui no blog.

Também foi feita uma avaliação da oficina, de suas participações, processo, dentre outros.

Portanto, a partir do dia 15.12, todos os textos adaptados estarão publicados aqui para quem quiser conhecer a travessia dos participantes poderão acessar através de download.

 Os participantes e suas travessias:
                            

               Clique no link abaixo para fazer o download da peça INTRANSITÁVEIS:
              
   http://www.easy-share.com/1913198752/peçaintransitáveisdejulianaarize.doc
               
Juliana Arize -  INTRANSITÁVEIS - adaptação de um documnetário "Se não melhorar, Salvador vai parar", de sua autoria com Daniela Cerqueira e Fernanda Cruz.

                   
                             

Sue Castro - O CORCOVA DO PELÔ - adaptação de O Corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo.

                       Clique no link abaixo para fazer o download da peça O CORCOVA DO PELÔ:

                               http://www.easy-share.com/1913335858/corcovasue.doc
              
                              
Gil Novaes - A ILHA DESCONHECIDA - adaptação de O conto da ilha desconhecida de José Saramago.

                                
Rita Carneiro - A GRANDE DESCOBERTA - adaptação de A descoberta de Joaninha, de Bella Leite.

                     Clique no link abaixo para fazer o download da peça A GRANDE DESCOBERTA:

                                          http://www.easy-share.com/1913335876/Agrande..rita.doc


                                   
Pedro Silva -  QUEM NÃO FOI DOIDO, QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA!  - adaptação de A doida, Carlos Drummond de Andrade

                          Clique no link abaixo para fazer o download da peça

            http://www.easy-share.com/1913335895/Quemnãofordoido..pedro.doc

                              

                                       
Raimundo- SÓ OS LOUCOS DIZEM A VERDADE - adaptação de Elogio da loucura, de Erasmo Roterdã.
                                      Clique no link abaixo para fazer o download da peça:

                              http://www.easy-share.com/1913335908/sóosloucos...raimundo.doc



                                         
Rose Meira - CONTANDO HISTÓRIAS NA ROÇA - adaptação - Histórias de Alexandre e outros herois, de Graciliano Ramos.

                                 Clique no link abaixo para fazer o download da peça:

                            http://www.easy-share.com/1913335932/CONTANDO...ROSE.doc

                                         

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

11º Encontro - 24.11.2010



Hoje, nosso penúltimo encontro foi bastante produtivo. A maioria dos participantes compareceram e trouxeram suas travessias bastante adiantadas. Semana que vem, no último encontro da oficina, os textos serão finalizados, novos comentários, sugestões e revisões serão solicitadas, também será feita uma avaliação da oficina por parte e todos.

É importante que todos releiam seus textos para revisá-los, observar a coerência nas sequências de cenas, conflitos, situações, personagens, estrutura e linguagem.

Alguns participantes, em alguns momentos, tiveram dificuldade em compreender as diferenças existentes entre o texto literário e o texto teatral. Para  esclarecer melhor alguma dúvida, cito Ingrid Koudela:

                                                    Define que, o universo criado através de palavras, de texto literário e o universo criado através da materialização cênica (ações e imagens físicas que podem ser de ordem dramática, plástica ou musical) será denominado texto teatral. A autora aborda que a diferença entre texto literário e texto teatral reside na relação criada com o espectador e/ou participante da ação dramática. Desta forma, as ações e imagens emergem fisicamente na construção do texto teatral, enquanto que no texto literário as imagens permanecem interiorizadas na mente do leitor. No palco, as personagens aparecem em cena, enquanto a leitura literária, como é o caso de poemas e romances, prescinde de ser compartilhada com o outro, exemplifica a autora. O leitor cria o universo da obra imaginariamente, atribuindo-lhe qualidades iconográficas (KOUDELA, 1996.).

                                       KOUDELA, Ingrid. Texto literário e texto teatral. In: Texto e jogo: Uma didática brechtiana. São Paulo: Perspectiva, 1996.

Comentários sobre as travessias nesse encontro:

                                       Pedro: Trouxe pequeno avanço no seu texto. Sinto ainda necessidade de aprofundamento dos temas. Gosto das personagens de D. Doida e Margarido, acho interessante o jogo de palavras e um leve nonsense, que aproxima o texto ao teatro do absurdo. Mas, sinto que as personagens das crianças soltas e ainda com fragilidade na dinâmica dos diálogos e motivos. Rever a estrutura, sinalizar as mudanças de cenas e de espaços.

                                       Rita: Trouxe sua travessia já finalizada, mas falta fazer revisões no texto todo em relação erros de digitação, estrutura, rubricas, mudanças e cenas. Sinto que existe uma preocupação em retratar o universo infantil na linguagem e estética, mas acho que falta inserir ações, movimentos, como por exemplo, músicas, coreografias, etc.

                                       Raimundo: Apresentou pouco avanço na sua travessia. Precisa ficar atento com a verborragia. Teatro é ação, não é apenas texto. Para não ficar discursivo apenas. Buscar mais quebras, como na hora que o personagem canta marchinhas ou imita Chacrinha, por exemplo, isso dará ritmo. Pensar como seu texto pode ficar mais atrativo e qual o público que se destina.

                                       Sue: Trouxe seu texto também finalizado, mas falta revisar linguagem, mudança de cenas e rubricas. Finalizou de maneira abrupta e deixou no ar algumas situações envolvendo os personagens do padre, Sentinela e Giba. Precisa rever o final. Rever como resolverá para finalizar. Seria interessante reler o texto todo para ver se falta coerência em algo.

                                      Juliana: Trouxe também sua travessia finalizada. Observo que conseguiu enxugar seu texto, deu mais dinâmica ao seu desenvolvimento e melhorou a estrutura. Reler o texto todo para revisá-lo. Rever se existe coerência na linguagem, nas sequências de cenas, personagens, etc.

                                    Rose: Não apresentou sua travessia hoje. Justificou que não conseguiu imprimir.

                             Participaram desse encontro:

                           Pedro
                           Rita
                           Sue
                           Raimundo
                           Juliana
                           Rose
                          

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

10º Encontro - 17.11.2010

No encontro de hoje os participantes trouxeram suas travessias para novas leituras, comentários, observações, sugestões e foram também solicitadas novas revisões. Cada um trouxe cópias de seus textos e fizemos uma espécie de leitura dramática como nos encontros anteriores.
Observo que nesta etapa final o tempo de aula ficou curto para fazer a leitura dos textos completos. A combinação foi que a cada aula os participantes trariam uma ou duas cenas para que pudéssemos fazer a leitura de todos os textos e termos tempo para fazermos observações críticas de cada um. A leitura dos textos por todos, com certeza, ajuda que cada um observe a estrutura que cada um cria para sua travessia e favorece o processo de aprendizagem na prática. E a crítica é importante para que cada participante tenha um olhar distanciado e possa também observar através de pontos de vistas diferentes suas travessias. Com a quantidade de encontros que ainda teremos e o tempo de cada encontro é impossível fazer a leitura toda de travessias que já estejam sendo finalizadas, como por exemplo, a de Sue e a de Juliana. Portanto, é importante que a partir de agora, cada um, releia seus textos, desde o início e observem se as revisões solicitadas foram feitas, se existe coerência nas sequências das cenas, nos personagens, na linguagem, no enredo, nas situações criadas, no conflito e na estrutura dramática. Mais importante do que finalizar seus textos é observar a estrutura como um todo. O início de um texto dramático é a base que vai orientar as próximas cenas. Se esse início ainda não está bem definido ou bem estruturado poderá trazer dificuldades no desenvolvimento das próximas cenas.

Os textos que foram lidos nesse encontro de hoje, faço as seguintes observações:

Travessia de Pedro: Até a cena que foi lida, percebo fluência na dinâmica dos diálogos e na estrutura das cenas. Precisa buscar um aprofundamento maior nas abordagens dos temas para não ficar um texto superficial. Observar também os personagens, qual o objetivo de cada um e quais objetivos de cada cena.

Travessia de Sue: Muitas cenas já foram feitas. Agora precisa revisar desde o início a coerência nas sequências das cenas, nas finalizações de cada cena, na linguagem dos personagens. Precisa ter uma ideia ampla da estrutura toda para avançar para a finalização da peça sem perder nada que foi construído desde o início em termos de linguagem, personagem, sequência de cena, etc.

Travessia de Gil: Buscar maior liberdade na releitura da obra para a travessia e se distanciar das indicações de direção. Interessante o jogo da linguagem por hierarquia, mas precisa revisar no texto a pontuação nas falas das personagens. Buscar também observar a quantidade de personagens presentes para ver se realmente são necessários.

Travessia de Juliana: Muitas cenas já foram feitas até o final da peça. Mas percebo que ainda tem dificuldade na estrutura dramática de sua travessia e também em desenvolver o texto refletindo antes nos objetivos de cada cena e de cada personagem para que não abra outros caminhos e se perca. Observar esses objetivos poderá ajudá-la a enxugar mais os diálogos e com isso, o texto ganhará ritmo. Perceber também a dinâmica das cenas, quando muda, quando volta, quando os personagens dialogam quase que simultaneamente, as suas ações, seus conflitos, suas características e a linguagem utilizada por cada um. Ficar atenta a quantidade, necessidade e a objetividade das rubricas. Também é importante observar que é um texto para ser encenado em um espaço como um palco de teatro, por exemplo. Muitas vezes, não terá recursos para uma cenografia mais elaborada.

Travessia de Rose: Ainda apresenta dificuldades com a estrutura dramática, mudanças de cenas, finalizações das cenas, como são utilizadas as rubricas, os diálogos dos personagens, enfim. Precisa observar nas leituras que vem fazendo dos textos dos colegas que já estão mais adiantados, a estrutura, os elementos de um texto dramático para que possa dar continuidade a sua travessia.

Participaram desse encontro:

Pedro
Gil
Sue
Rose
Juliana

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

03.11.2010 - 9º Encontro

No encontro de hoje os participantes trouxeram novas cenas e fizemos suas leituras. A possibilidade de todos terem cópias dessas novas cenas torna muito mais significativo e dinâmico o processo das travessias. Todos conhecem a escrita e a estrutura criada por cada um, facilita também a aprendizagem para os participantes com menos conhecimento no gênero dramático. A cada término de leitura, os comentários ou sugestões para possíveis ajustes ou revisões estimulam a troca de idéias e informações enriquecendo o processo criativo das travessias.

Lemos hoje as cenas novas trazidas por Rose que decidiu a adaptação de Graciliano Ramos, da obra Alexandre e outros Heróis, o conto Apresentação de Alexandre e Cesária, ainda não definiu o título, Sue trouxe nova cena de Corcova do Pelô adaptação de O Corcunda de Notre Dame de Victor Hugo, Raimundo trouxe a cena inicial de Elogio à loucura de Erasmo Roterdan também sem título definido, Pedro trouxe nova cena de Dona Doida (título provisório) adaptação de A doida de Carlos Drummond de Andrade. Gil retornou e explicou o motivo das faltas, não apresentou nova cena, mas vai continuar com a adaptação de um conto de José Saramago, intitulado O conto da ilha desconhecida, cujo título provisório é A ilha desconhecida.

Nas leituras feitas nas novas cenas hoje, observo ainda algumas dificuldades na linguagem e estrutura do gênero dramático.

Participaram da aula de hoje:

Pedro
Gil
Sue
Rose
Raimundo


Fotos desse encontro:
                


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

8º Encontro – 27.10.2010


 No encontro de hoje partimos para a prática da produção textual propriamente dita. Os participantes trouxeram cenas de suas travessias (xerox para todos como combinado), foi bem produtivo e dinâmico. Começamos pela cena de Rita ( A grande descoberta, adaptação de A descoberta de Joaninha, de Bella Leite). Fizemos uma espécie de leitura dramática com sua cena na qual cada participante leu um personagem, isso possibilitou que cada um tivesse acesso a escrita e a estrutura da travessia de Rita. Ao final, todos fizeram comentários e sugestões para possíveis revisões. Depois foi a vez do texto de Juliana (sem título ainda definido, mas adaptado do documentário Salvador vai parar). Também foram distribuídas cópias das cenas e todos leram um personagem. No final, também foram feitos comentários e sugestões para que revisões fossem feitas. Por último, Sue também trouxe cena (O corcova do Pelô) distribuída para todos e  também fizemos uma leitura na qual todos participaram . Pedro e Rose não trouxeram suas travessias.

Observo que esse procedimento da distribuição de cópias por cena produzida foi muito enriquecedor e dinâmico. Próximo encontro cada aluno avança em uma cena e traz cópias para que todos tenham acesso através da leitura em sala.

As dificuldades apresentadas pelos três textos lidos hoje foram: adequação da linguagem, estrutura no que se refere às mudanças de cenas, rubrica, dinâmica, diálogos e ações. Mas os três já delinearam bem seus personagens, suas histórias, dentre outros. Agora é a prática da escrita, liberdade criativa e coerência textual para o desenvolvimento das suas travessias.

Alunos que participaram desse encontro:

Sue
Pedro
Juliana
Rose
Rita

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

7º Encontro – 20.10.2010



No primeiro momento do encontro de hoje foi discutido o texto de Maria Lucia Pupo, A natureza da aventura. Nesse capítulo, a autora aborda sua experiência com a relação entre jogo e texto literário em processos teatrais desenvolvidos no âmbito educacional e como ação cultural, no caso, a cultura de Marrocos. Faz também reflexão sobre o desafio atual da pedagogia do teatro que é o confronto com o pensamento do outro, presente na materialidade do texto. Sobre isso, a autora cita o escritor Bjorn Larsson  que afirma”a literatura, como a verdadeira viagem da aventura, deve ser um encontro com o outro do qual não se sai incólume”. Pupo destaca que a atividade teatral é vista como um sistema de significação com múltiplos códigos – gestualidade, cenário, figurino, iluminação – entre os quais se inclui também o linguístico. É a combinação entre texto e outros sistemas de signos que emerge o significado pretendido pelos emissores do complexo discurso que é a representação. Desta forma, observa-se que atualmente o espetáculo teatral pouco a pouco deixa de ser visto como uma tradução do texto, ou mesmo como uma ilustração a seu serviço, começa a cair por terra a noção de fidelidade ao texto.

Hoje, textos de qualquer natureza, escritos para serem representados ou concebidos para outros fins, podem ir para a cena: romances, contos, fábulas, poesias, depoimentos, cartas, notícias, dentre outros, constituem matéria prima de concepções cênicas atuais. Algumas importantes encenações com a presença de textos narrativos: O Vau da Sarapalha, de Luis Carlos Vasconcelos do conto de Guimarães Rosa, Macunaíma, de Antunes Filho do livro de Mario Andrade, A vida como ela é, de Luiz Arthur Nunes, a partir de crônicas de Nelson Rodrigues, Mahabharata, realizada por Peter Brook, exemplo de transposição do épico para o dramático.

No segundo momento, foram apresentados novos trechos dos participantes. Sue, leu a primeira cena de sua travessia, O corcova do Pelô, sugestões foram dadas por todos, principalmente em relação a linguagem utlizada  e solicitado o trabalho na segunda cena para a próxima semana.  Juliana releu a primeira cena de sua travessia já com as novas mudanças e ficou de trabalhar a segunda cena para a próxima aula. Rita escolheu um livro infantil para sua travessia, A descoberta de Joaninha de Bella Leite, cujo título provisório é A grande descoberta. Apresentou algumas cenas de sua travessia e foi sugerido que buscasse desenvolver mais ações nas cenas já que se trata de texto infantil. Raimundo não apresentou revisão na sua travessia, mas explicou que vai além do Elogio à loucura de Erasmo Roterdan também inserir a sua travessia os textos de Alice no país das maravilhas de Lewis Carol, Colônia Penal, O processo e Matamorfose de Franz Kafka, Investigação filosófica de Wittengenstein e textos próprios como A ratoeira e Misantropia. Foi sugerido que ele observasse a quantidade de autores que vai trabalhar para não se perder no processo da oficina e que trouxesse próxima aula já alguma cena de sua travessia. Rose, ainda indecisa em relação a escolha do texto, trouxe poema de Shakespeare e outro texto de autor desconhecido.  Foi solicitado que tentasse escolher o texto e também tentasse seguir através  dos estímulos/provocações sugeridos para iniciar sua travessia.

Obviamente é entendido que cada participante possui seu processo de produção. Também é entendido que ao final da oficina pode acontecer de um ou outro não finalizar sia travessia. Dependerá da determinação, objetivo, processo e produção individual. Estímulos/provocações são sugeridos a cada encontro para que cada um encontre seu caminho na travessia.

Combinamos que cada participante de agora em diante, já que a parte teórica foi finalizada nesse encontro,  tentará trazer a cada aula uma cena para que seja lido por todos (cada um responsável por cópias/Xerox para todos os participantes para que o processo seja mais dinâmico e produtivo), desta forma, todos terão acesso a leitura e a estrutura dos textos.

Participaram desse encontro:

Raimundo
Rita
Rose
Sue
Juliana


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

6º Encontro – 13.10.2010


No primeiro momento do encontro de hoje foi discutido o texto de Jean-Pierre Ryngaert, A arte dos outros. O autor se destaca com livros sobre ensino de teatro e dramaturgia.  O texto aborda temas como por exemplo,  o procedimento da escolha do texto em atividades de formação (formal ou informal) e também em grupos de teatro, a possibilidade de criação ou adaptação através de processo colaborativo, construção de cenas através do jogo/improvisação e também a construção de texto através de colagens de textos narrativos, dramáticos, dentre outros.


De acordo com Jean- Pierre Ryngaert (2009), já existe uma demanda de professores de teatro ou profissionais da área teatral que buscam formas que não são submissas exclusivamente ao texto dramático. Destaca a importância do momento da escolha do texto:

                                     As obras podem ser levadas às aulas de teatro pelos alunos ou escolhidas pelo formador. Quando se propõe aos alunos que escolham as obras, é com o intuito de que elas sejam de seu interesse, que eles tenham com essas obras uma relação intelectual e/ ou sensível que lhes dê vontade de partilhar seus gostos e de executar um trabalho de descoberta em torno delas. Se o professor propõe obras, ele escolhe um conjunto de textos que lhe são familiares e representam um amplo leque de possibilidades. É ele então quem decide as induções e introduz no grupo um universo sensível que lhe é próprio ou considera “bom” para a turma. (RYNGAERT, p. 182 e 183, 2009).


Ryngaert (2009, p. 184) afirma que “considera fecunda a passagem de uma forma não dramática a uma forma dramática se todas as resistências encontradas forem de fato encaradas”.

Observa-se que este processo de trabalho pode oferecer ainda algum tipo de resistência, sobretudo, naqueles que ainda depositam no texto dramático o eixo central de um processo de montagem de um espetáculo.

No segundo momento do encontro os alunos presentes apresentaram suas travessias: Raimundo optou pelo texto Elogio à loucura de Erasmo Roterdan, não definiu ainda o título. Fez leitura inicial e foi sugerido que observasse a linguagem formal e discursiva dos diálogos para a situação proposta. Também foi solicitado que refletisse sobre o tipo de leitor/espectador para sua adaptação. Pedro iniciou sua travessia com o texto A doida de Carlos Drummond de Andrade, também não definiu o título. Algumas revisões na estrutura do seu texto foram solicitadas e atenção na dinâmica dos diálogos e das cenas. Juliana não apresentou o texto, mas explicou que resolveu simplificar a quantidade de espaços utilizados para apenas dois: carro e ponto de ônibus. Também irá diminuir quantidade de personagens e incluir uma personagem no ponto de ônibus que seria do interior.

Participaram desse encontro:

Pedro
Juliana
Raimundo

Próxima aula: Texto de Maria Lucia Pupo, A natureza da aventura.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

5º - Encontro – 06.10.2010

       Inicialmente discutimos alguns trechos do texto de Flavio Desgranges, A experiência teatral como prática educativa: A posição do espectador. No início do texto, Desgranges cita Sonia Kramer “Para ser educativa, a arte precisa ser arte e não arte educativa”, o que já possibilita compreender o enfoque do capítulo discutido. Destaca-se que Desgranges faz interessante análise sobre arte, leitor/espectador, leitura, interpretação, criação, re-criação, signos, dentre outros, com ênfase na arte teatral como ação educativa.  Ao trazer esse texto para discussão nesse encontro o objetivo foi o de favorecer aos participantes a compreensão de que um texto dramático, assim como um texto narrativo, possui uma polissemia inesgotável de sentidos, ou seja, cada leitor participa do diálogo com o autor, e compreende os signos apresentados no texto, de maneira própria, de acordo com a sua experiência pessoal, sua trajetória, sua posição social, seu ponto de vista. Pode-se afirmar diante disso, que o leitor nessa busca de sentidos elaborados pelo autor, pode ser visto como um co-autor. Importante ressaltar que o leitor contemporâneo diante das novas tecnologias, por exemplo, não é mais um mero receptor de informação, mas é estimulado a interferir, manipular, modificar e re-inventar. A ação educativa proposta de adaptação de texto narrativo para texto dramático é uma provocação dialógica em que o aluno (leitor), nos diferentes gêneros textuais e contextos, poderá também através de estímulos efetivar um ato produtivo, elaborando reflexivamente conhecimentos tanto sobre o gênero narrativo, o gênero dramático, quanto acerca de aspectos sócio-histórico-culturais presentes tanto na realidade ficcional, como na sua realidade.

No segundo momento do encontro, os participantes, Juliana e Gil, apresentaram os primeiros exercícios de suas travessias. Juliana escolheu fazer a adaptação de um documentário intitulado Se não melhorar, Salvador vai parar, autoria de Daniela Cerqueira, Fernanda Cruz e Juliana Arize, cujo título provisório é O caos no trânsito e nas pessoas. Ouvimos suas ideias, já algumas cenas, situações e personagens delineados e foram feitos pela turma e professora sugestões e comentários com o objetivo da análise e reflexão de todos, do distanciamento crítico em relação à obra, a adaptação, e a autora. Suas ideias remetem a situações bastante ligadas ao cotidiano de grandes centros urbanos: congestionamento, irritação, agressividade, violência, falta de tempo, dentre outros. A meta de Juliana é buscar cada vez mais a aproximação com a escrita e estrutura dramática e se distanciar do texto narrativo (roteiros vídeos, TV, dentre outros) que é a sua maior experiência. Gil escolheu adaptar um conto de José Saramago, intitulado O conto da ilha desconhecida, cujo título provisório é A ilha desconhecida. Gil também apresentou o seu início de travessia, suas ideias, personagens e situações já com algumas nuances. A sua leitura da obra traz imagens ou temas metafóricos e situações mais ficcionais vividas no século XVI. Sua meta é buscar as possibilidades dramatúrgicas para desencadear a estrutura dramática de sua adaptação.

Sue não fez revisão do seu texto já solicitada no encontro passado. Rose ainda não decidiu o conto para sua travessia, assim como Rita.

Participantes desse encontro:

Gil
Rose
Sue
Juliana
Rita


Próximo encontro: Discussão sobre o texto de Jean- Pierre Ryngaert, A arte dos outros. (Xerox) e apresentações das travessias já iniciadas para análise e reflexão de todos  participantes.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

4º - Encontro - 29.09.2010



No início desse encontro discutimos o texto de Anatol Rosenfeld sobre os gêneros épico, lírico e dramático que foi bem esclarecedor e  produtivo.  Rosenfeld é bem didático quando aborda os gêneros, explica cada um e os compara. Obviamente que o teatro já superou o dramático puro, ou seja, muitas obras dramáticas possuem traços estilísticos do épico ou do lírico. Alguns exemplos foram citados em relação a estrutura do dramático (personagem, cena, diálogo, rubrica, etc). Depois iniciamos a travessia. Os alunos que já escolheram seus contos foram orientados com sugestões (provocações/estímulos). Fizeram nova leitura de seus contos e começaram escrever ideias, formas, sons, palavras, imagens, cheiros, etc. Sue já está com a produção de texto bem adiantada. Iniciou adaptação de O Corcunda de Notre Dame de Victor Hugo que já tem o título de O Corcova do Pelô. Em sala, foram feitas em seu material alguns comentários ou sugestões. Professor Daniel Marques (orientador) apareceu rapidamente e providenciou os atestados da oficina que alguns alunos solicitaram.

Semana que vem discutiremos o texto de Flavio Desgranges, Pedagogia do teatro: provocação e dialogismo (xerox).

Alunos que participaram desse encontro:

Pedro
Rita - Arte-educação - Letras
Rose
Sue
Gil

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

3º Encontro - 22.09.2010

O encontro de hoje teve um elemento surpresa:  um exercício prático através de um pequeno conto de Graciliano Ramos, da obra Alexandre e outros Heróis,  intitulado Apresentação de Alexandre e Cesária. Esse conto foi escolhido por ser curtissímo para ser bem aproveitado durante o tempo da aula, trazer riqueza de informações e imagens com possibilidades cênicas. O objetivo foi o de observar o desenvolvimento individual dos participantes diante do mesmo universo. Foi feito uma leitura em voz alta  na qual os alunos acompanharam com atenção para observarem, através desse contato inicial com o texto, suas primeiras impressões. Depois, individualmente, novas leituras foram feitas e alguns encaminhamentos foram sugeridos como:

1 - Qual a ideia principal do conto?
2 - Qual a história* do conto?
3 - Quais imagens, cheiros, cores, sons, etc, remetem o conto?
4 - Personagens - Perfil (idade, comportamento, profissão, hábitos, como se vestem, profissão, objetivo na história, etc);
5 - Tempo - A história é situada em que tempo? Passado, presente, futuro, manhã, dia, noite, passagens de tempo, etc;
6 - Espaço -  A história acontece em que lugar (ambiente)?
7 - Linguagem – Observar a linguagem utilizada no conto (coloquial, formal, regional, gíria, vulgar, etc);
8 - Recrie uma história a partir do conto (estímulo ou inspiração) com início, meio e fim;
9 - Qual título daria a sua história?

Os participantes tiveram um tempo para ler, pensar, criar, escrever, etc. Importante também ressaltar a liberdade criativa no que se refere à recriação a partir do conto (incluir ou excluir personagem, espaço, mudar situação, transpor para outra época, etc). Depois, cada um expôs sua história,  dúvidas foram tiradas e algumas orientações foram feitas pela professora no sentido de transcrever a história (narrativa) para a estrutura dramática. Muito enriquecedor ouvir as recriações (adaptações) em cima do mesmo conto para todos os presentes. Observar o ritmo, o universo criativo e ao mesmo tempo observar as dificuldades e facilidades de cada um.

Alguns alunos faltaram a este encontro. Combinamos que no início da próxima aula discutiremos o texto de Anatol Rosenfeld - Teatro Épico e Dramático (xérox) e finalmente cada um definirá seu texto narrativo (conto ou romance) e iniciarão a travessia.

Participaram desse encontro:

Raimundo
Rose
Sue
Pedro
Juliana

* Justifica-se a utilização do termo "história" e não "estória" no exercício prátco do conto de acordo com o dicionário Michaellis:
es.tó.rias. f. História. (Apesar de alguns fazerem distinção entre estória e história, recomenda-se apenas a última grafia, tanto no sentido de ciência histórica, quanto no de narrativa de ficção, conto popular, e demais acepções).
Segundo o Professor Pasquale Cipro Neto:

O caso de "história" e "estória" é uma das tantas maluquices da língua. O Aurélio registra "estória", mas diz que não se recomenda o uso. O Vocabulário Ortográfico Oficial também registra, mas, na prática, pouca gente tem coragem de usar. O melhor conselho parece ser o seguinte: use sempre história. ninguém poderá dizer que você está errado.
No site Nossa Língua Nossa Pátria há a explicação um pouco mais completa:

As palavras "estória" e "história" são aceitas por diversos autores, com significados distintos: - estória: exposição romanceada de fatos imaginários, narrativas, contos, fábulas; - história: para dados históricos, que se baseiam em documentos ou testemunhos. Estas duas palavras constam do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras. Mas o Novo Dicionário Aurélio da língua Portuguesa recomenda simplesmente a grafia história, nos dois sentidos. E o dicionário de Caldas Aulete refere-se à forma estória como um brasileirismo, isto é, apenas um aportuguesamento da forma inglesa "story".

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Travessia - narrativo - dramático - adaptação

 A palavra travessia, segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira,  significa "ato ou efeito de atravessar região, continente, mar, etc."
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio Século XXI. O minidicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
 O termo aqui designado de narrativo é justificado por ROSENFELD (1997, p. 18) “Se nos é contada uma estória (em verso ou em prosa), sabemos que se trata de Épica, do gênero narrativo. Espécies deste gênero seriam, por exemplo, a epopéia, o romance, a novela, o conto”.

O termo aqui designado de dramático é justificado por ROSENFELD (1997, p.18): “E se o texto se constituir principalmente de diálogos e se destinar a ser levado à cena por pessoas disfarçadas que atuam por meio de gestos e discursos no palco, saberão que estamos diante de uma obra dramática (pertencente à Dramática). Neste gênero, integraria as espécies, como por exemplo, a tragédia, a comédia, a farsa, a tragicomédia, etc.”

ROSENFELD, Anatol. O teatro épico. São Paulo. Perspectiva, 1997.

  Sobre o processo de adaptação ou a travessia de uma obra de um gênero para outro, Patrice Pavis ressalta que:
A adaptação designa o trabalho dramatúrgico a partir do texto escolhido para ser encenado. Todas as manobras textuais são permitidas: cortes, reorganização da narrativa, “abrandamentos” estilísticos, redução do número de personagens ou dos lugares, concentração dramática em alguns momentos fortes, acréscimos e textos externos, montagem e colagem de elementos alheios, modificação da conclusão e modificação da fábula em função do discurso da encenação. (PAVIS, 1999, p.52)
PAVIS, Patrice. Dicionário do teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999




quarta-feira, 15 de setembro de 2010

2º Encontro - 15.09.2010

Hoje, algumas pessoas faltaram. Mas os encaminhamentos foram feitos e seguimos de maneira produtiva. Interessante a análise e discussão propiciada pela  leitura dos textos propostos para esse encontro. A partilha de experiências da turma tem sido bastante enriquecedora para o desenvolvimento das aulas haja vista que existe uma diversidade de formação na mesma.  Analisamos e discutimos os PCNS - Artes - focando a área artística do Teatro, os três eixos de ensino-aprendizagem: Fazer, Conhecer e Apreciar. Dando destaque ao Conhecer (contextualizar), no que se refere ao conhecimento da história do Teatro, dramaturgia, estilos, etc, para demonstrar como o ensino de texto dramático pode ser inserido no contexto educacional. Também foi analisado e discutido o termo dramaturgia e suas atualizações, a estrutura do texto dramático, características, seus elementos, etc. Além da diferenciação do gênero lírico, épico (narrativo) e dramático. Alguns participantes já escolheram os textos para a nossa "travessia", outros precisam na próxima aula efetivarem suas escolhas e trazerem. No próximo encontro, trabalharemos com o texto de Anatol Rosenfeld (xérox da Escola)  sobre os gêneros épico e o dramático. Também serão definidos os textos narrativos escolhidos pelos participantes e faremos um exercício com um conto dado pela professora (mesmo conto para todos) para aquecermos as turbinas criativas para a nossa "travessia".

Participaram desse encontro:

Rose Meire
Juliana
Suely
Gil
Rodolfo
Raimundo
Victor - Teatro

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

1º Encontro - 08.09.2010 - Início da travessia

Nosso primeiro encontro, hoje, aconteceu como previsto. Nem todos participantes chegaram no horário devido aos imprevistos normais: Trânsito, chuva, alguns, pela primeira vez na Escola de Teatro e por isso, dificuldade em encontrar a sala de maquiagem. Três alunos selecionados não apareceram, não tivemos ainda informação sobre os motivos e a permanência nas vagas solicitadas através de inscrição por e-mail. Mas foi bem produtivo!!!! Cada aluno se apresentou, breve relato sobre a trajetória individual, formação, profissional, qual o objetivo no curso. Também foi feita a apresentação geral da oficina, dúvidas sobre os objetivos e primeiras orientações. Foi solicitado que cada participante escolha um texto narrativo (preferência pelo conto) para o processo de adaptação. Foi solicitado também, a cópia dos textos teóricos utilizados, sendo que, a pasta azul com os textos, ficará disponível para todos, na xérox, no térreo, do mesmo pavilhão dos nossos encontros.

"Digo:  O real não está na saída e nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia." Guimarães Rosa.

Os alunos que iniciaram a travessia:

Raimundo - Teatro
Suely - Teatro
Gil  - Teatro
Rodolfo - Comunicação e Teatro
Juliana - Comunicação
Pedro - Letras e Educação
Sandra - Educação
Rose - Psicologia e Educação

domingo, 5 de setembro de 2010

Conteúdo Programático da oficina "A Travessia do Narrativo para o Dramático no Contexto Educacional"

Universidade Federal da Bahia

Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas

Estágio Docente Orientado

Mestranda: Cristiane Barreto

Profª: Antonia Pereira

Prof. Orientador: Daniel Marques

Profª. Supervisora: Célida Salume

A travessia do narrativo para o dramático no contexto educacional

Identificação:

Projeto: Oficina “A travessia do narrativo para o dramático no contexto educacional”

Local: Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, Campus Canela, Salvador, BA.

Público Alvo: Interessados no ensino de dramaturgia na Escola – áreas de teatro, educação, letras, etc.

Vagas: 10

Período: 08/09/2010 à 01/12/2010.

Dia/horário: quarta das 10:00h às 13:00h Carga Horária: 36 horas totais, 3 horas semanais.

Ministrante: Cristiane Barreto

Apresentação:

Este projeto consiste na realização de uma oficina que abordará a metodologia de ensino de Teatro no contexto educacional através dos três eixos de ensino/aprendizagem presentes nos PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais - ensino de Artes/ Teatro – MEC: o Fazer, o Conhecer e o Apreciar, na qual dará ênfase a metodologia da adaptação de texto narrativo para texto dramático como atividade componente do eixo de ensino-aprendizagem: Conhecer. Esta oficina terá caráter teórico-prático posto que, além de propor discussões acerca da importância do desenvolvimento de uma metodologia do ensino de Teatro na matriz curricular escolar, haja vista a quantidade de alunos graduandos/graduados em Licenciatura, Direção e Interpretação em Artes Cênicas, além de professores de Língua Portuguesa, por exemplo, que lecionam em escolas particulares e públicas da cidade de Salvador, também estimulará a reflexão sobre o ensino de dramaturgia no âmbito escolar através do estudo teórico, e a prática da construção da adaptação de texto narrativo para texto dramático como possibilidade de incentivar o conhecimento do texto dramático na escola, a formação de plateia e a formação do aluno-leitor.

Justificativa:

A realização desta oficina, além de possibilitar a mestranda responsável, o cumprimento de atividade docente obrigatória, dará também oportunidade de aprofundar conhecimento sobre o seu objeto de pesquisa ao partilhá-lo com os participantes. Possibilitará também o aprofundamento acerca da metodologia do ensino de teatro no contexto educacional, além de estimular o desenvolvimento da prática de adaptação de texto narrativo para texto dramático como possibilidade e estímulo do ensino de dramaturgia na escola. Analisará também de maneira crítica, os três eixos de ensino-aprendizagem do ensino de Artes – Teatro presentes nos PCNs (Conhecer, Fazer e Apreciar). A oficina também será realizada através da prática, já que um dos objetivos desta oficina é a produção de texto dramático a partir da adaptação de texto narrativo através do intercâmbio da metodologia utilizada pela professora responsável para a construção desta prática. Desta forma, os participantes poderão refletir sobre suas práticas de ensino de teatro, assim como, a inserção da adaptação de textos narrativos para textos dramáticos como estímulo ao conhecimento do texto dramático no contexto escolar.

Objetivo Geral:

Possibilitar aos participantes da oficina a prática da adaptação de texto narrativo para texto dramático como estímulo para o conhecimento da dramaturgia na escola.

Objetivos Específicos:

1. Promover intercâmbio de experiências para o fortalecimento do desenvolvimento de metodologia do ensino de teatro na matriz curricular escolar;

2. Identificar e analisar as principais características dos três eixos de ensino-aprendizagem (Fazer, Conhecer e Apreciar) presentes nos PCNs como possibilidade de desenvolvimento e metodologia do ensino de teatro na matriz curricular;

3. Analisar e reconhecer o eixo de ensino-aprendizagem Contextualizar/conhecer, presente nos PCNs como possibilidade do ensino de dramaturgia na escola;

4. Contextualizar e analisar autores como Anatol Rosenfeld e Cleise Mendes que abordam estudos sobre texto épico (narrativo) e texto dramático;

5. Contextualizar e analisar autores como Flavio Desgranges, Maria Lucia Pupo e Jean-Pierre Ryngaert que abordam estudos sobre o teatro na prática educativa e a utilização do texto dramático na escola;

6. Realizar seminários sobre os referidos autores, para aprofundar a análise sobre o texto narrativo e dramático;

7. Enfatizar a importância da inserção do estudo do texto dramático no Ensino escolar como estímulo para a formação de platéia e formação do aluno/leitor;

8. Produzir e analisar a adaptação de textos narrativos para textos dramáticos, os quais serão orientados pela professora responsável.
Metodologia

O desenvolvimento desta oficina se dará através de aulas expositivas, leituras de textos teóricos e textos teatrais, debates, seminários a serem realizadas pelos estudantes, avaliações diárias sobre o conteúdo e a metodologia aplicada, e atividades práticas de escrita e leitura de textos dramatúrgicos e analíticos, seguida de discussões acerca do que for produzido.

Avaliação:

A avaliação será processual, a partir da participação dos alunos em aula; se dará também através da realização dos debates sobre os autores estudados, e através da produção da adaptação de texto narrativo para texto dramático realizada pelos participantes da oficina.

Cronograma:

1º Encontro (08/09) – Apresentação do curso e da turma. Apresentação dos textos escolhidos para serem lidos durante a oficina pelos participantes e que serão discutidos em sala: PCNs, Anatol Rosenfeld, Jean-Pierre Ringaert, Cleise Mendes, Maria Lucia Pupo e Flavio Desgranges (capítulos dos livros). Saber se os alunos já possuem seu texto narrativo (conto de preferência) escolhido. Primeiras orientações.

2º Encontro (15/09) – Discussão sobre os eixos de ensino-aprendizagem presentes nos PCNs como possibilidade metodológica do ensino de teatro na matriz curricular e o eixo Conhecer/contextualizar como referência para a inserção do ensino de dramaturgia no âmbito escolar. Leitura e discussão dos textos de Cleise Mendes, Teoria da Forma Dramática, o Drama Realista-Naturalista e Traços Diferenciais dos Gêneros;

3º Encontro (22/09) – Capítulo: O Teatro Épico de Anatol Rosenfeld – debate – Atividade prática de produção da adaptação de texto narrativo para dramático;

4º Encontro (29/09) – Capítulo: O Teatro Dramático de Anatol Rosenfeld – debate - Atividade prática de produção da adaptação de texto narrativo para dramático;

5º Encontro (06/10) – Capítulo: Pedagogia do teatro: provocação e dialoguismo – debate - Atividade prática de produção da adaptação de texto narrativo para dramático;

6º Encontro (13/10) – Capítulo: Jogar, Representar de Jean-Pierre Ryngaert – debate - Atividade prática de produção da adaptação de texto narrativo para dramático;
7º Encontro (20/10) – Capítulo: Entre o mediterrâneo e o atlântico: uma aventura teatral de Maria Lucia de Souza Barros Pupo – debate - Atividade prática de produção da adaptação de texto narrativo para dramático;

8º Encontro (27/10) – Primeira leitura dos textos adaptados pela turma – comentários e primeiras orientações;

9º Encontro (03/11) – Revisão da Produção da adaptação do texto narrativo para o texto dramático – orientação da professora responsável;
10/11 – Possivelmente não teremos encontro – ABRACE – Associação Brasileira de Artes Cênicas – Congresso em SP;

10º Encontro (17/11) – Segunda leitura dos textos adaptados pela turma. Comentários e orientações;

11º Encontro (24/11) – Revisão da Produção da adaptação do texto narrativo para o texto dramático – orientação da professora responsável;

12º Encontro (01/12) – Apresentação dos textos adaptados. Análise e discussão do processo de adaptação. Avaliação final do curso.

Referências:

DESGRANGES, Flavio. Pedagogia do teatro: provocação e dialogismo. São Paulo: Hucitec, 2006.

MENDES, Cleise. Teoria da Forma Dramática. Salvador: UFBA.

----------. Drama Realista-Naturalista. Salvador: UFBA.

----------. Traços Diferenciais dos Gêneros. Salvador: UFBA.

PAVIS, Patrice. Dicionário do teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999

PUPO, Maria Lucia de Souza Barros. Entre o mediterrâneo e o atlântico: uma aventura teatral. São Paulo: Perspectiva, 2005

ROSENFELD, Anatol. O teatro épico. São Paulo. Perspectiva, 1997.

RYNGAERT, Jean – Pierre. Jogar, representar. São Paulo: Cosacnaif, 2009

VÁRIOS. PCNS – Parâmetros Curriculares Nacionais - Artes. Ensino Fundamental. Brasília: MEC, 1998.